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Autores Artur Nabantino Gonçalves Azevedo nasceu em 7 de julho de 1855 em São Luís do Maranhão. Com apenas 15 anos escreveu sua primeira peça "Amor por Anexis". Em 1873, aos 18 anos, foi para o Rio de Janeiro onde começou sua carreira como jornalista. Trabalhou nos jornais "O Paiz", "Correio da Manhã", "O Século" e foi crítico teatral em "A Notícia". Foi também fundador das revistas " O Domingo", "Revista dos Teatros", "A Gazetinha" e "O Álbum". Suas atividades iniciais no teatro se deram, a princípio, na tradução livre e na adaptação de comédias francesas. O seu primeiro sucesso teatral, A Filha de Maria Angu, foi uma imitação brasileira da opereta francesa La Fille de Mme. Angot. Traduziu ao longo de sua carreira cerca de 40 peças para o teatro. No final do século XIX, Artur Azevedo dominou o cenário teatral brasileiro. Deixou cerca de 25 comédias, 19 revistas-de-ano e 20 operetas e burletas. Além disso, foi um dos responsáveis pela construção do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, inaugurado logo após a sua morte ocorrida em 24 de outubro de 1908. Artur Azevedo foi o consolidador da comédia de costumes iniciada por Martins Pena. Autor muito popular, retratou os costumes da sociedade brasileira do final da Monarquia e início da República. Gonçalves de Magalhães Domingos Gonçalves de Magalhães, o Visconde de Araguaia, foi o primeiro autor de tragédia de assunto nacional: Antônio José ou O poeta e a inquisição. Esta peça, apesar da espontaneidade dos diálogos e da simplicidade da ação, ainda não pode ser considerada como uma obra do período romântico. O próprio Gonçalves de Magalhães admite que "procurou permanecer entre o rigor dos clássicos e o desalinho dos românticos". Gonçalves de Magalhães ainda escreveu mais uma tragédia, Olgiato, sobre a conspiração contra o Duque de Milão, Galeazzo Maria Sforza, em 1476.
João Caetano João Caetano dos Santos nasceu em 7 de setembro 1808 em Itaboraí, no Estado do Rio de Janeiro. Começou sua carreira como amador até que em 24 de abril de 1831 estreou como profissional na peça O Carpinteiro da Livônia, mais tarde representada como Pedro, o Grande. Apenas dois anos depois, em 1833, João Caetano já ocupava o teatro de Niterói junto com um elenco de atores brasileiros. Assim iniciava a Companhia Nacional João Caetano. O ator também exerceu as funções de empresário e ensaiador. Autodidata da arte dramática, seu gênero favorito era a tragédia, mas chegou a representar papéis cômicos. Além de atuar em muitas peças, tanto no Rio como nas províncias, João Caetano ainda publicou dois livros sobre a arte de representar: "Reflexões Dramáticas", de 1837 e "Lições Dramáticas", de 1862. Em 1860, após uma visita ao Conservatório Real da França, João Caetano organizou no Rio uma escola de Arte Dramática, cujo ensino era totalmente gratuito. Além, disso promoveu a criação de um júri dramático para premiar a produção nacional. Dono absoluto da cena brasileira de sua época, morreu em 24 de agosto de 1863, no Rio. O pesquisador J. Galante de Souza (O Teatro no Brasil, vol.1) considera que o ator, "um estudioso dos problemas da arte de representar, e dotado de verdadeira intuição artística, reformou completamente a arte dramática no Brasil". Antes dele a declamação era uma espécie de cantiga monótona, como uma ladainha. Ainda segundo J. Galante, "João Caetano substituiu aquela cantilena pela declamação expressiva, com inflexões e tonalidades apropriadas, ensinou a representação natural, chamou atenção para a importância da respiração e mostrou que o ator deve estudar o caráter da personagem que encarna, procurando imitar, não igualar, a natureza".
Machado de Assis Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 1839, no Morro do Livramento, Rio de Janeiro. Ele era o filho único de um casal bem pobre: o pai era um pintor mulato e a mãe era uma lavadeira portuguesa. Machado ficou órfão bem cedo e permaneceu na escola por um período curto. Na verdade, ele precisou aprender tudo sozinho. Desde os 16 anos, freqüentava a tipografia de uma revista chamada Marmota Fluminense, e logo se tornou um aprendiz de tipógrafo. No início ele revisava os manuscritos e depois se tornou um jornalista. Em 1869, Machado casou-se com Carolina uma jovem portuguesa, irmã do poeta Faustino Xavier de Novais. Depois da morte de Carolina, ele isolou numa casa confortável no Cosme Velho - um bairro do Rio de Janeiro - , onde morreu em 1908, nos deixando uma obra composta por várias novelas e poemas, muitos contos, críticas e crônicas, algumas comédias e peças de teatro. Machado de Assis escreveu três peças originais para o teatro: "Tu só, tu, puro amor", "Não Consultes Médico" e ainda "Lição de Botânica", além de muitas traduções e duas comédias, que são "Desencantos" e "As Bodas de Joaninha". Elas são peças com poucos personagens (quatro ou seis) e muitos diálogos. Infelizmente, muitas das traduções estão perdidas, talvez por culpa do próprio autor, pois ele não as tornavam públicas. A ambição de Machado de Assis, quando jovem, era realmente o trabalho em teatro. Mas ele não tinha talento para o drama, apesar de estudar, ler, conhecer a língua, ter a vontade de produzir e a habilidade de observar e generalizar. Ele tinha perfeição de estilo, mas não tinha movimento; ele tinha graça e harmonia, mas perdeu o poder e o impulso. O teatro de Machado de Assis é melhor refletido numa leitura calma do que sendo mostrado ao público. Desta forma o charme e a graça do estilo, e a perfeição do diálogo não são perdidos. | |
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